Psico-Oncologia

          Não podemos negar que quando se recebe um diagnóstico de câncer o impacto é enorme e traz uma nova realidade que muitas vezes vem acompanhada de terror, insegurança e sofrimento. Câncer e morte não são sinônimos, mas tempos atrás câncer era inevitavelmente fatal. Nos primórdios do século XX, a sociedade enxergava o câncer como uma condenação à morte o que fez com que muitas pessoas não acreditassem que um tratamento adequado poderia alcançar à cura. Por isso o medo é estabelecido e esse significado de morte nos acompanha até hoje, mesmo a medicina e outras ciências, nos últimos anos, acumulando conhecimentos suficientes para chegar à cura de vários tipos de câncer. O importante é descobrir o câncer no início e tratá-lo adequadamente.

          A psico-oncologia vem como uma ponte entre a psicologia e a oncologia ressaltando ainda mais a importância de dar prioridade absoluta às pessoas, ou seja, elas jamais serão a doença e sim que terão a doença. A psicologia vem para acolher questões eminentes que surgem com o diagnóstico, identificando quais as necessidades e conflitos que estão emergindo, oferecendo acolhimento e suporte para que estes ganhem uma ressignificação mais tranquila e positiva ao longo do tratamento, tanto para o paciente em si como para todos que estão ao seu redor. O câncer é multicausal e multifatorial e o profissional de psicologia entra para ser mais um na equipe, contribuindo para que o paciente e a família tenham suas demandas elaboradas.